PRF apreende 5 mil arribaçãs que foram compradas em São Bento e seriam vendidas no RN

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio Grande do Norte prendeu na madrugada de quarta-feira (19), na BR-304 dois homens que conduziam um veículo transportando cerca de 5 mil arribaçãs.

Tanto o veículo quanto a carga apreendida foram encaminhados ao IBAMA-RN. De acordo com a assessoria de comunicação da PRF,  a apreensão foi a maior desde o início do ano em rodovias federais no RN.

Com ela, o número de animais silvestres mortos que foram apreendidos pela PRF (como as arribaçãs, preás, mocós, por exemplo) chegou a 5.365.

O condutor e o passageiro foram liberados após assinarem Termo Circunstanciado de Ocorrência, mas responderão ao processo por crime ambiental.

O condutor informou que comprou a carga em São Bento (PB), e pretendia vendê-la em Natal. As aves estavam congeladas, abatidas e acondicionadas em sacos plásticos sem nenhuma precaução sanitária apresentada.

O autor deste crime ambiental está sujeito a uma pena de detenção que varia de seis meses a um ano e multa de R$ 500 por unidade apreendida. O veículo utilizado foi encaminhado ao Ibama, onde ficará durante o seguimento do processo.

Arribaçãs

Também conhecida como avoante, a arribaçã é uma pomba campestre que habita desde a América Central, na região das Antilhas, até a Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul. De acordo com o biólogo Paulo Gerson de Lima, professor da Universidade Potiguar (UnP), a região Nordeste do Brasil é uma das preferidas dessa ave migratória que viaja longas distâncias procurando as condições perfeitas para reproduzir. El

e conta que não há uma época definida de início e fim da migração das arribaçãs, mas que as primeiras movimentações da espécime começam em abril, quando os efeitos das chuvas do início do ano começam a aparecer nessa região do país.

“A migração acontece porque os animais, com sua orientação, buscam locais que fornecerão melhores condições para que eles reproduzam. No local que aterrizam, procuram alimentos e só vão embora quando os ovos que chocaram eclodam e cresçam o bastante para acompanhar o bando para aonde vieram originalmente”, explica.

FONTE: Tribuna do Norte