Cássio nega ter sido aliado de Temer e diz que fez ‘apenas afagos’ por causa da transposição

“Esse é um governo de ousadia, coragem e, sobretudo, compromisso com o futuro do Brasil”.

A declaração foi proferida pelo vice-presidente do Senado Federal e candidato à reeleição, Cássio Cunha Lima (PSDB), em maio de 2017 (veja vídeo ao final), ao se referir ao Governo Michel Temer (MDB), que chegava ao poder com o apoio do próprio tucano, ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

Apesar do afago, mais de um ano depois, Cássio, em entrevista esta semana deixou claro que nunca apoiou o presidente Temer e que só fez os elogios ao emedebista por conta da transposição do Rio São Francisco e da iminência da chegada das águas à Rainha da Borborema e ao Sertão Paraíbano.

“Nunca fui um aliado do governo Temer. As pessoas usam muito a transposição do São Francisco, quando, de forma generosa, eu fiz um reconhecimento público à importância da conclusão da obra, porque para trazer água para Campina Grande e para torneira do Sertão vale até abraçar Temer”, justificou.

Segundo Cássio, o esforço que foi feito durante últimos tempos para Campina Grande escapar do colapso, que seria uma grande tragédia, foi o responsável por aquele momento.

“Então nunca tive apoiando Temer. Primeiro sou vice-presidente do Senado e nunca tive cargo no Governo e você só é aliado tendo cargo e eu nunca tive”, arrematou.

Sobre ter dado sustentação ao Governo Temer no Congresso Nacional, Cássio também negou e disse, pela primeira vez, publicamente, que Pedro Cunha Lima só votou contra Temer porque foi aconselhado por ele e pela executiva na Paraíba. Conforme Cássio, Pedro o ouviu antes de tomar a decisão de se posicionar contra o emedebista.

“Na verdade tão logo o Governo Temer começou, surgiu a denúncia da JBS. O deputado Pedro me ouviu e ouviu o partido. Pedro votou contra Temer duas vezes representando a ele próprio, a mim e ao PSDB da Paraíba. Ali foi um diviso de águas. Pedro, em meu nome, meu filho votou pelo afastamento de Temer em duas ocasiões, o resto é proselitismo político”, arrematou o senador, em entrevista à rádio Arapuan de João Pessoa.

VEJA VÍDEO:

FONTE: PB Agora